terça-feira, 3 de agosto de 2010

Saudade....


Hoje o meu peito chora
Saudade, aqui faz morada
Ficou a dor, presente agora,
E meu coração que não vale mais nada...
Não sou desse mundo!   [¬¬]
Cheguei a essa conclusão, mas de onde eu sou? Ainda não sei.
Acredito que seja do mundo do medo....
Medo de me entregar a um sentimento, medo de sorrir, medo de chorar, medo de cantar, medo do que ainda não veio, ou do que não sei. Medo de ser feliz!
Queria estar longe daqui, mas nem sei pra onde iria,
Porque no meus caminhos de interrogações, mais confusa eu fico e não me levam a lugar algum, a não ser mais medo.
Quero chorar e não consigo, quero sorrir mas não é sincero
Parem de me olhar, terráqueos!
Me deixem só, aqui, no meu canto, no meu mundo.
Um desabafo inútil, de uma pessoa inutilizada por sua inércia.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Gosto de sal



Senti um amargo gosto de sal
Não foi o mergulho no mar
Mas da tristeza, um sinal.
Era a lágrima a rolar...

Carta a um suicida

Se foi chegado o momento
De à vida ficar desatento;
E chegar ao ponto
De querer a si próprio,
À morte.

Eu apenas lamento,
Pois não passo de um,
Que só fez o bem lhe querer.

Escrevo-lhe essas linhas,
Pois não valem para você
As vontades minhas
Mas não são poucas
As palavras que digo

E ao pensar em escrever-lhe
Descobri-me!
Uma lembrança me valeu
Percebi que não era você
Que desejava a morte,
Mas sim o suicida
Era eu.


Haikai - orvalho


 
Cai orvalho,
Natureza chora...
seu reflexo.

domingo, 1 de agosto de 2010

Soneto da Partida

Hei de cantar os mais falsos versos
Para fingir alegria que não tenho
e prender meus choros mais imersos
Para sorrir uma dor que não contenho.

Dizem, que não há maior alegria, que a chegada
Tolos, não sabem a dor da partida.
Se fosse um "volto logo" e mais nada.
Seria ao menos, uma provisória ferida.

Cá estou, inerte
Reflexo de um coração quebrado.
Anseio por um retorno inesperado.

Lástima que se repete.
Despeço-me de sua presença.
Adeus, peço licença...